O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, acendeu o alerta sobre a exploração de petróleo na margem equatorial do Brasil, acusando a Guiana de agir sorrateiramente para se beneficiar das riquezas brasileiras. Segundo Silveira, enquanto o Brasil debate a exploração dessas reservas, a Guiana está extraindo petróleo em áreas que deveriam ser exploradas pelo Brasil, adquiridas durante o governo Dilma Rousseff.
Durante a abertura da terceira reunião do grupo de trabalho de transições energéticas do G20, em Belo Horizonte, Silveira enfatizou a necessidade de respeitar os contratos e o direito do povo brasileiro de conhecer suas próprias riquezas. No entanto, o embate entre as áreas energética e ambiental do governo brasileiro tem complicado os planos de exploração. O Ibama negou licença à Petrobras para perfurar um poço na bacia Foz do Amazonas, argumentando preocupações ambientais.
Silveira criticou a atuação “dogmática” de setores que, segundo ele, estão atrapalhando o desenvolvimento nacional. Expressando sua ansiedade em impulsionar o progresso brasileiro, o ministro enfatizou a necessidade de uma solução estrutural para o licenciamento ambiental que não prejudique o crescimento do país, mas que respeite a legislação ambiental.
O ministro revelou ainda que ele e a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, compartilham da mesma opinião sobre a necessidade de explorar o potencial energético brasileiro. Enquanto isso, o fórum do G20 em Minas Gerais busca discutir a dimensão social da transição energética, aproveitando o exemplo do estado, onde 99,5% da energia gerada provém de fontes renováveis.