Desde 2023, a taxa Selic vem em uma tendência de queda, o que tem impactado diretamente os investimentos em títulos de renda fixa, tradicionalmente vistos como opções seguras e rentáveis. Com os juros em declínio, tornou-se cada vez mais desafiador encontrar títulos que ofereçam rendimentos significativos, especialmente acima de 1% ao mês.
No entanto, isso não significa que não existam boas alternativas disponíveis para os investidores. O Itaú BBA, por exemplo, compilou uma seleção de títulos, CRIs e CRAs, todos isentos de imposto de renda para investidores pessoa física.
Estes títulos apresentam taxas atreladas ao IPCA e oferecem prêmios consideráveis em relação aos títulos equivalentes do Tesouro.
Segundo analistas da instituição financeira, os prêmios sobre as NTN-B equivalentes podem chegar a 1,25 ponto percentual. Após a incidência do imposto de renda sobre os títulos públicos, os prêmios dos títulos selecionados variam de 1,5 a 2,9 pontos percentuais.
O que dizem os especialistas?
Os títulos atrelados à inflação têm se destacado como a principal escolha entre os especialistas para compor carteiras de renda fixa. Gabriela Joubert, estrategista-chefe do Inter, destaca que a preferência por tais títulos persiste, mesmo diante do processo de desaceleração da inflação.
Recentemente, o renomado gestor Luis Stuhlberger, sócio-fundador da Verde Asset Management, expressou sua visão otimista em relação aos títulos de inflação, considerando-os uma “oportunidade imensa” para alocação.
No entanto, é crucial observar que, embora ofereçam taxas atrativas, os títulos atrelados à inflação também apresentam volatilidade, especialmente os de prazos mais longos. Caio Camargo, estrategista de investimentos do Santander, ressalta a importância de equilibrar os investimentos de acordo com o perfil do investidor.
Um alerta para quem deseja investir
O Itaú BBA alerta que esses títulos são interessantes para aqueles que buscam ganhos acima da inflação, mas é preciso estar ciente de que podem sofrer com a marcação a mercado até o vencimento.
Para os investidores que preferem evitar a volatilidade, os vencimentos mais curtos são recomendados, especialmente diante da perspectiva de que os juros permanecerão elevados por um período prolongado.