Santander Brasil apresentou um desempenho financeiro sólido no primeiro trimestre de 2024, com um lucro líquido gerencial de R$ 3,021 bilhões. Esse resultado representa um aumento significativo de 37,1% em relação ao trimestre anterior e um impressionante crescimento de 41,2% comparado ao mesmo período do ano passado.
As projeções dos analistas foram superadas, visto que estimavam um ganho de R$ 2,842 bilhões para o banco.
Como o Santander olha essa projeção?
O presidente do Santander Brasil, Mário Leão, atribuiu esse desempenho ao bom rendimento em volumes, baseado em passivos, e à expansão do plano de captações.
Além disso, destacou a retomada gradual da dinâmica de negócios, impulsionando o crescimento do portfólio e beneficiando a margem com os clientes.
No primeiro trimestre, o banco registrou uma margem financeira bruta de R$ 14,790 bilhões, um aumento de 7,3% em relação ao trimestre anterior e de 14,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
A margem com clientes totalizou R$ 14,457 bilhões, com incrementos de 4,1% trimestralmente e 3,2% anualmente.
Dentro dessa categoria, a margem com produtos também apresentou crescimento, atingindo R$ 13,810 bilhões, com aumentos de 3,7% e 5,6%, respectivamente.
Margem de operações no mercado
O Santander também registrou uma melhora na margem de operações com o mercado, revertendo resultados negativos anteriores.
As despesas líquidas com provisões para devedores duvidosos (PDD) diminuíram para R$ 6,043 bilhões, uma queda de 11,6% no trimestre e 10,7% em 12 meses.
Esse resultado foi impulsionado por despesas de R$ 6,765 bilhões compensadas por um ganho de R$ 723 milhões com a recuperação de créditos.
O banco reportou um custo de crédito de 3,8% no primeiro trimestre, demonstrando uma melhora em relação aos períodos anteriores.
Crédito do Santander
Em relação ao crédito, o Santander encerrou março com uma carteira totalizando R$ 525,353 bilhões, com crescimentos tanto trimestral quanto anualmente.
A carteira de pessoas físicas foi a mais relevante, impulsionada por várias linhas, incluindo consignado, crédito rural e cartão de crédito.
Apesar do sólido desempenho financeiro, o Santander Brasil enfrentou uma leve elevação na taxa de inadimplência, embora tenha sido considerada controlada pelo banco.
As receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias apresentaram um leve declínio trimestral, enquanto as despesas gerais do banco diminuíram no mesmo período.
Com um número menor de funcionários e agências, o banco também conseguiu melhorar seu índice de eficiência, alcançando 39,7% no primeiro trimestre de 2024.