Desde setembro do ano passado, o Brasil estava no topo do ranking mundial de juros reais. No entanto, após a recente queda da taxa Selic de 13,25% para 12,75% na última quarta-feira (20), o país caiu para a segunda posição nesse ranking. Essa mudança tem impacto direto nas finanças de milhões de pessoas, e seus efeitos já estão sendo percebidos.
O Copom do Banco Central decidiu reduzir a taxa Selic em sua última reunião, marcando o segundo corte consecutivo na taxa de juros básica. Essa decisão ocorreu após pressão pública do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a diminuição dos juros. O Banco Central explicou que essa redução foi possível devido a uma queda na inflação, embora as projeções ainda apontem para uma inflação acima da meta, cerca de 4,9% em 2023.
A mudança na taxa Selic também afeta os bancos, que estão começando a reduzir os custos de seus produtos, já que a Selic é a referência para operações de financiamento e empréstimos, tornando o crédito mais barato à medida que a taxa diminui.
Mudanças
A taxa Selic tem um impacto direto na economia e influencia as decisões dos agentes econômicos, como bancos e financeiras, pois serve de referência para todas as outras taxas no mercado financeiro. Quando a Selic está baixa, isso resulta em:
- Diminuição dos juros em créditos financeiros, como cartão de crédito rotativo, empréstimos, financiamentos e compras parceladas.
- Estímulo ao consumo, pois as compras a prazo se tornam mais acessíveis.
- Redução nos retornos de aplicações em renda fixa, como CDBs e títulos do governo.
Como exemplo, a Caixa Econômica já anunciou a redução das taxas de juros para empréstimos consignados, que passarão a partir de 1,55% ao mês.