No Dia Mundial do Oceano, celebrado em 8 de junho pela ONU desde 2008, um alerta ecoa globalmente: o aumento dos níveis dos oceanos ameaça países inteiros. Este ano, a ONU adotou o tema “Awaken New Depths”, destacando a urgência de uma mudança na relação com os oceanos.
As mudanças climáticas, impulsionadas pelo aquecimento global, têm desencadeado o derretimento das calotas polares, elevando os níveis dos oceanos e ameaçando cidades costeiras e países insulares. Estudos recentes indicam que até 2050, grandes mudanças podem ser esperadas em todo o mundo.
Países insulares do Oceano Pacífico, como as Maldivas, Ilhas Marshall, e Tuvalu, estão entre os mais vulneráveis. As Maldivas, por exemplo, com sua elevação média de apenas 1 metro, podem perder até 77% de sua área terrestre até 2100 com um aumento do nível do mar de apenas 45 cm.
Tuvalu, um conjunto de nove atóis e ilhas de coral, enfrenta uma situação ainda mais grave. Com eventos climáticos extremos se tornando mais frequentes, e a elevação do nível do mar, estima-se que até 2050 metade de sua maior ilha, Fongafale, estará inundada.
Mas e o Brasil? Apesar de não ser um país insular, sua extensa costa torna-o suscetível aos efeitos do aumento do nível do mar. Embora não haja previsões de que o Brasil vá “sumir”, cidades costeiras podem enfrentar sérios desafios, como erosão costeira e inundação.
A mudança climática não conhece fronteiras e requer ação global imediata para mitigar seus impactos devastadores sobre as populações e o meio ambiente. O Dia Mundial do Oceano serve como um lembrete urgente da necessidade de proteger nossos oceanos e o planeta como um todo.