Uma rara pena de huia, pássaro extinto da Nova Zelândia, foi recentemente leiloada em Auckland, alcançando o valor recorde de US$ 46.521 NZD, aproximadamente R$ 144 mil. Este evento, que marca o preço mais alto já pago por uma única pena de pássaro, atraiu a atenção global para a história e o significado cultural deste exemplar peculiar.
A pena de huia não é apenas um objeto de luxo; é um símbolo de grande valor cultural para a comunidade Maori da Nova Zelândia. Antes da extinção do pássaro no início do século 20, suas penas eram consideradas símbolos de status elevado, utilizadas em cocares cerimoniais para representar poder e respeito.
No entanto, o prestígio da pena de huia não escapou aos olhos dos colonizadores europeus, que também a adotaram como símbolo de prestígio. O uso da pena em chapéus durante eventos sociais importantes impulsionou um comércio frenético e descontrolado, levando à extinção da espécie.
A venda desta pena rara levanta importantes questões éticas sobre a conservação de espécies e o comércio de animais extintos. Enquanto colecionadores e estudiosos se interessam por esses itens históricos, a moralidade por trás do comércio de partes de animais extintos é frequentemente questionada.
Para tentar garantir que este tesouro nacional permaneça no país, a casa de leilões responsável pela venda impôs a condição de que o comprador deveria possuir uma licença do Ministério da Cultura e Patrimônio da Nova Zelândia.
A venda desta pena de huia não é apenas um negócio lucrativo, mas também um lembrete sombrio das consequências do comércio desenfreado sobre espécies raras e preciosas.