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Lula mandou jogar fora R$ 227 milhões em vacinas contra Covid-19

O Ministério da Saúde anunciou que cerca de 6,4 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, fabricadas pela Janssen, foram incineradas em 2024 devido à perda de validade. Os lotes descartados representam um valor estimado em R$ 227 milhões. As vacinas da Janssen, que utilizam o vetor viral, estão sendo menos utilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde o final de 2022, com a imunização do RNA mensageiro, como os da Pfizer e Moderna.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que adotou medidas estratégicas para minimizar as perdas nos estoques de insumos. 

No total, foram recebidas 41 milhões de doses da vacina da Janssen, das quais 38 milhões foram adquiridas diretamente do laboratório e 3 milhões foram doadas pelos Estados Unidos.

Dados fornecidos publicamente

De acordo com dados divulgados pela Folha de S. Paulo, até o início de 2023, o Ministério da Saúde já havia perdido aproximadamente R$ 2 bilhões em vacinas contra a Covid de diversos fabricantes, perdas que ocorreram principalmente entre o final de 2022 e o início de 2023. 

Esses dados consideram apenas as vacinas que estavam nos estoques do ministério e perderam a validade antes de serem distribuídas aos estados e municípios. A equipe atual responsabiliza o governo de Jair Bolsonaro por essas perdas.

Transparência governamental

As informações sobre os estoques do Ministério da Saúde foram mantidas em sigilo durante os governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro. Somente em 2023, com o governo Lula, a relação de itens armazenados ou perdidos começou a ser divulgada de acordo com a Lei de Acesso à Informação. 

Desde o início de 2021, o ministério entregou às secretarias de Saúde do país um total de 643 milhões de doses de vacinas contra a Covid, sendo 34,5 milhões da Janssen.

Em maio, foi revelado que o Ministério da Saúde descartou produtos no valor aproximado de R$ 314 milhões em 2024, incluindo as vacinas da Janssen. De acordo com as regras da legislação sanitária, produtos vencidos ou reprovados em inspeção devem ser incinerados. 

Além das vacinas, os lotes incinerados mais caros incluem imunoglobulina anti-hepatite B e a vacina meningocócica, contra a meningite, avaliados em cerca de R$ 16 milhões cada.

Estoque vencido herdado

No estoque central do ministério, localizado em Guarulhos, ainda estão armazenados cerca de R$ 200 milhões em produtos vencidos que precisarão ser incinerados. 

Até novembro de 2023, a Saúde já havia gasto R$ 26 milhões apenas com o armazenamento dessas roupas, parte das quais foi doada para cooperativas de reciclagem.

A atual gestão considera que herdou do governo Bolsonaro um estoque desorganizado e com produtos de validade curta ou já vencidos. Atualmente, a pasta possui milhares de produtos avaliados em R$ 4,8 bilhões em seu estoque, administrado por uma empresa privada.

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