O Itaú Unibanco concluiu, em novembro de 2023, seu processo de saída do mercado argentino. O banco brasileiro obteve autorização do Banco Central da República Argentina para fechar suas operações no país, dando sequência ao anúncio feito em agosto do mesmo ano. Com isso, o Itaú alienou suas ações do Banco Itaú Argentina e de suas subsidiárias (BIA) para o Banco Macro, em uma transação avaliada em US$50 milhões, ou cerca de R$250 milhões.
O Itaú era o 16º banco em volume total de empréstimos em pesos argentinos, atendendo principalmente empresas exportadoras. Entretanto, a operação de varejo na Argentina nunca atingiu escala e não era rentável. O banco já possui operações mais robustas em outros países da América Latina, como Chile, Paraguai e Uruguai, além de um banco menor na Colômbia, que também enfrenta desafios para alcançar rentabilidade.
Apesar de encerrar suas atividades no mercado argentino, o Itaú pretende manter um escritório de representação no país para continuar atendendo seus clientes corporativos locais e regionais. André Gailey, CEO regional do Itaú para Argentina, Paraguai e Uruguai, afirmou que o banco continuará a oferecer serviços de wealth e private banking a partir de suas unidades no Brasil e em outras localidades externas.
A decisão do Itaú de sair do mercado argentino reflete sua estratégia de concentrar operações em países onde tem maior presença e potencial de crescimento. A venda para o Banco Macro permite que a instituição brasileira se retire do cenário argentino, mas sem abandonar completamente seus clientes corporativos, agora atendidos por meio de um escritório local e capital externo.
A transação marca uma mudança significativa no posicionamento do Itaú na América Latina, destacando a busca por operações mais rentáveis e estratégicas na região.