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INSS se atrapalhou e pagou quase R$ 200 milhões para quem já morreu

Uma auditoria recente da Controladoria-Geral da União revelou um problema grave no INSS: a instituição pagou R$193 milhões em benefícios a pessoas falecidas entre janeiro de 2019 e julho de 2023. Ao todo, 17.738 beneficiários mortos receberam pagamentos post-mortem, levantando questões sérias sobre a eficácia dos controles internos do INSS.

O relatório da CGU destaca que em 75% dos casos, os benefícios continuaram sendo depositados por até três meses após o falecimento do beneficiário. No entanto, o problema é ainda mais preocupante quando analisado a longo prazo, em 14% dos casos, os pagamentos continuaram por mais de um ano, gerando um montante indevido de R$120,4 milhões no período avaliado.

Diante dessa situação, a CGU recomendou ao INSS que investigue minuciosamente os casos identificados e reveja os critérios dos mecanismos de controle para evitar novos pagamentos indevidos. Além disso, sugere-se a implementação de medidas para recuperar os valores pagos erroneamente e um reforço na política de prova de vida, adaptando-a a novos padrões tecnológicos e sociais.

Os meses de dezembro de 2020, agosto de 2022 e janeiro de 2023 registraram picos notáveis de falhas sistêmicas, indicando possíveis lapsos no processo automatizado de identificação de óbitos. Para prevenir novos casos, a CGU sugere a atualização imediata das informações sobre óbitos pelo INSS, com a cooperação de cartórios e familiares dos beneficiários.

Além disso, a auditoria recomenda o uso de métodos mais avançados tecnologicamente, como inteligência artificial, para detectar inconsistências e prevenir fraudes futuras. Assim, a Previdência Social precisa tomar medidas rápidas e eficazes para restaurar a confiança e garantir que recursos públicos sejam utilizados de maneira correta e justa.

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