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Governo anunciou corte de R$ 25 bilhões em despesas

Em uma coletiva de imprensa realizada na quarta-feira (3), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou o cumprimento rigoroso do arcabouço fiscal. Além disso, Haddad anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias do Orçamento de 2025, fruto de uma revisão minuciosa das contas públicas.

A declaração ocorreu após uma série de reuniões no Palácio do Planalto com Lula e secretários da Fazenda durante o encontro da Junta de Execução Orçamentária (JEO), órgão que assessora o presidente em questões econômicas. 

Haddad destacou a importância de respeitar o arcabouço fiscal, âncora fiscal do país aprovada no ano passado, que vincula o crescimento das despesas ao das receitas, visando ao controle dos gastos públicos.

Declarações do presidente

Nos últimos dias, declarações de Lula geraram incertezas no mercado sobre o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, resultando em turbulências econômicas. O pronunciamento de Haddad buscou acalmar os ânimos. “O presidente determinou o cumprimento do arcabouço fiscal. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas a todo custo”, enfatizou o ministro.

Os cortes anunciados, conforme Haddad, são resultados de um pente-fino realizado nos últimos meses para identificar gastos sociais passíveis de redução. Ele sugeriu que algumas dessas medidas poderiam ser antecipadas, dependendo do relatório de receitas e despesas do governo federal, que será apresentado em 22 de julho.

“O relatório de julho pode indicar algum contingenciamento e bloqueio suficientes para garantir o cumprimento do arcabouço”, explicou Haddad.

Tensão na economia brasileira

As reuniões entre o ministro Fernando Haddad e o presidente Lula aconteceram em meio a tensões entre o governo e o mercado, intensificadas por críticas de Lula à política monetária do Banco Central e à taxa Selic.

Desse modo, as declarações do presidente sobre não dever satisfações a banqueiros, mas sim ao povo, levantaram alguns temores sobre possível descontrole das despesas públicas. Ainda, provocou uma alta do dólar, que chegou a R$ 5,66, maior valor em dois anos e meio.

Apesar disso, na última quarta-feira (3), a moeda norte-americana recuou dez centavos, impulsionada por sinais positivos de controle da inflação nos Estados Unidos, e pela percepção de que o governo brasileiro está atento aos gastos.

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