As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias provocaram a paralisação das operações de importantes empresas que atuam na região. A Gerdau, maior produtora de aço do Brasil, interrompeu todas as suas atividades no estado, enquanto a Braskem, gigante petroquímica, paralisou suas operações no polo de Triunfo.
A decisão da Gerdau de interromper as atividades foi motivada pelas preocupações com a segurança de seus colaboradores. A empresa está monitorando a situação e só retomará as operações quando for seguro. A Braskem, por sua vez, relatou dificuldades de acesso ao complexo em Triunfo devido aos pontos de alagamento, o que afetou sua capacidade de produção. A companhia também está focada em apoiar seus funcionários impactados pelas enchentes.
Enquanto isso, a WEG, fabricante de equipamentos elétricos, conseguiu manter suas operações em Bento Gonçalves e Gravataí, áreas menos atingidas pelas chuvas. A empresa afirmou que não foi necessário interromper as atividades.
A paralisação nas operações das empresas de aço e petroquímica não é o único problema. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou para a ameaça de desabastecimento de carne de frango e suínos, pois dez unidades produtoras enfrentam dificuldades para operar ou estão totalmente paralisadas. Essa situação compromete a produção de carne de frango e suínos no estado, responsável por 11% da produção nacional de frango e quase 20% da produção de suínos.
Com a interrupção da produção, a ABPA teme que a população do Rio Grande do Sul enfrente desabastecimento de produtos de carne de frango e suínos, uma situação que pode persistir por mais de 30 dias. Enquanto isso, as empresas afetadas concentram seus esforços em reestruturar a força de trabalho e oferecer ajuda humanitária para as comunidades atingidas.