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Empresa gaúcha tem nobre atitude produzindo 1000 cobertores por semana para doar

Na Serra Gaúcha, a Biamar Malhas transformou parte de suas operações para atender uma necessidade urgente: desde o início do mês, a fábrica de 27.000 metros quadrados em Farroupilha, que há 38 anos produz moletons, calças e blusas, passou a fabricar cobertores. Cada um dos 1.000 cobertores produzidos semanalmente é doado para as vítimas das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul.

Suélen Biazoli, coordenadora de criatividade e estilo da Biamar, explica que a iniciativa de produção de cobertores começou após a enchente de setembro. “Na enchente de setembro, já tínhamos feito a doação de cobertores feitos com retalhos, subprodutos de nossa produção”, afirma. Agora, a Biamar destinou uma célula inteira da fábrica para a produção de cobertores novos, feitos com tecidos de alta qualidade. A empresa, que tem uma tradição familiar, demonstra que a solidariedade é um valor central em sua cultura.

A História e os Valores da Biamar

Fundada há 38 anos em Farroupilha, a Biamar nasceu da união das famílias Biazoli e Marmentini. Com o passar dos anos, a empresa cresceu e consolidou-se no mercado de malhas, vendendo principalmente para o Sul do Brasil. A produção retilínea permite que peças tradicionalmente artesanais sejam feitas com tecnologia avançada. Com cerca de 500 funcionários, a Biamar lança 12 coleções anuais e conta com aproximadamente 10.000 clientes lojistas ativos.

A recente tragédia das enchentes afetou gravemente a economia local, incluindo muitos dos lojistas que compram da Biamar. Apesar dos desafios econômicos, a empresa decidiu investir na produção e doação de cobertores, mostrando um compromisso profundo com a comunidade. Suélen Biazoli destaca: “A solidariedade está no cerne das nossas famílias e da empresa”.

Impacto das Enchentes e Resposta da Comunidade

As enchentes que não atingiram diretamente Farroupilha causaram destruição significativa em outras áreas, como Bento Gonçalves e Veranópolis. A Biamar, embora não tenha tido sua produção afetada, enfrenta uma queda nas vendas devido à tragédia. Mesmo assim, a empresa está focada em ajudar. “Maio costuma ser o melhor mês de vendas para malharias, porque é o mês em que o inverno começa a aparecer, sem contar o Dia das Mães”, explica Suélen. No entanto, a prioridade agora é a solidariedade.

A produção de cobertores é rápida e eficiente: cada um leva cerca de 25 minutos para ser finalizado e pesa aproximadamente um quilo. O mapa do Rio Grande do Sul, estampado em cada peça, simboliza a união e a resistência do povo gaúcho. Além dos cobertores, a Biamar também está fabricando luvas, meias e toucas para doação.

Distribuição e Parcerias Solidárias

A distribuição dos cobertores é organizada com a ajuda de guias turísticos, que tradicionalmente levam lojistas para visitar as malharias da região. Esses guias agora transportam os cobertores para áreas mais afetadas, como Porto Alegre. A malharia também está recebendo doações de matéria-prima de fornecedores de fios, ampliando a rede de solidariedade. “Já recebemos uma carga nesta semana e outra deve chegar até quarta-feira”, conta Suélen. A Biamar está aberta a mais doações de fornecedores que queiram contribuir.

Enquanto houver demanda, a Biamar promete continuar com seu esforço humanitário. “Vamos abraçar nossa população que tanto perdeu nessa tragédia, oferecendo o calor para ajudar a resgatar também a esperança nessa reconstrução do nosso estado”, afirma Suélen.

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