A Coluna Financeira é um site dinâmico e sem enrolação, com foco em cartões de crédito, financiamentos, empréstimos e programas sociais.

Se segure na cadeira antes de conhecer o valor bilionário que o PCC fatura por ano

O Primeiro Comando da Capital (PCC) alcançou um faturamento anual de R$ 4,9 bilhões, de acordo com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público de São Paulo. Este crescimento e a sofisticação dos negócios da maior organização criminosa do país têm preocupado autoridades internacionais.

Segundo o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, desde 2020, o PCC tem arrecadado cerca de US$ 1 bilhão por ano, com a maior parte desse valor advindo do tráfico internacional de cocaína. Dois terços do faturamento da organização provêm da exportação de drogas, principalmente para a Europa. Investigações indicam que a facção envia mensalmente uma tonelada de cocaína para fora do país.

O PCC, além do tráfico de drogas, também possui negócios como postos de combustível e refinarias de etanol, diversificando suas fontes de renda. Internamente, a organização arrecada com a venda de drogas em São Paulo, enquanto os lucros obtidos em outros estados permanecem nos locais de origem.

Expansão e Sofisticação

O crescimento das operações do PCC gerou alarme na Europa, onde a facção passou a lavar dinheiro e a colaborar com organizações mafiosas do leste europeu. A Europol classifica o grupo como um “notório grupo criminoso”, e autoridades europeias frequentemente buscam informações sobre o PCC.

Até 2018, o PCC também arrecadava através de rifas e mensalidades de seus membros em liberdade. Contudo, essas práticas foram abolidas, e a facção passou a concentrar suas receitas exclusivamente no tráfico de drogas. Entre 2010 e 2012, a facção utilizava casas-cofre para armazenar dinheiro, uma prática que também foi extinta.

Preocupação Internacional

A cooperação internacional é crucial para combater a expansão do PCC. A Polícia Judiciária de Portugal e outras agências europeias estão atentas ao aumento de brasileiros presos por tráfico de drogas, muitos dos quais têm conexões com a facção. Além do tráfico de drogas, o PCC também se envolve no comércio de armas e outros bens de alto valor, como ouro e diamantes.

O Porto de Santos, em São Paulo, é um dos principais pontos de escoamento da cocaína produzida na Bolívia e no Peru. A substância entra no Brasil pela fronteira com o Paraguai e é exportada principalmente para a Europa. O controle das autoridades sobre esse fluxo é dificultado pelo intenso movimento de cargas no porto.

A estrutura de negócios do PCC é altamente sofisticada, envolvendo diversas contas bancárias em diferentes países para dificultar o rastreamento do dinheiro. O promotor Gakiya ressalta que a colaboração entre países é essencial para combater o crime organizado, que não reconhece fronteiras.

Em abril de 2020, Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, foi preso em Moçambique. Ele é apontado como um dos principais líderes do PCC, responsável por operações na África. O rastreamento do dinheiro movimentado pelo tráfico também envolve a China, onde a facção utiliza contas bancárias para ocultar a origem dos fundos.

Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.