Mais de 2,5 milhões de brasileiros foram afastados do trabalho pelo INSS em 2023, conforme revelou um recente levantamento do Ministério da Previdência Social. O dado alarmante coloca em foco a saúde dos trabalhadores, destacando um motivo predominante: problemas na coluna.
A hérnia de disco lombar lidera esse triste ranking, sendo responsável por mais de 51 mil afastamentos. Os sintomas, que incluem dor ciática, perda de força muscular e formigamentos nos membros inferiores, podem tornar-se debilitantes. Contrariando a crença comum, a hérnia de disco não poupa apenas os mais idosos, atingindo também indivíduos entre 20 e 40 anos.
A segunda maior causa de afastamento é a lombalgia, com quase 47 mil casos. Esta condição, que afeta a mesma região da coluna, apresenta causas e diagnósticos distintos da hérnia de disco. O quinto lugar do ranking é ocupado por outras formas de hérnia de disco, como cervical e coluna torácica, e pela degeneração discal, totalizando mais de 37 mil trabalhadores afastados.
Especialistas alertam para o aumento desses casos, possivelmente relacionado ao boom do trabalho home office. O sedentarismo e posturas inadequadas ao utilizar notebooks e smartphones também contribuem para o surgimento dessas condições.
A lombalgia, especialmente, está intimamente ligada aos padrões de vida, com sua incidência aumentando desde o início da pandemia de Covid-19. O prolongado tempo em que os trabalhadores permanecem sentados em casa pode ser um fator determinante para esse cenário preocupante.
Em meio a essas estatísticas, fica evidente a necessidade de atenção às condições ergonômicas, à prática regular de exercícios e à promoção de hábitos saudáveis, visando preservar a saúde dos trabalhadores e reduzir os impactos nos afastamentos por motivos relacionados à coluna.