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O que acontece quando uma pessoa morre com dívidas? Herdeiros pagam?

A gestão da herança pode muitas vezes trazer questões complexas relacionadas ao patrimônio de quem já faleceu. Uma dessas questões envolve os débitos deixados, que podem influenciar diretamente na distribuição dos bens aos herdeiros. Vamos mergulhar nos detalhes de como isso acontece e o que você pode esperar de um processo de herança quando há dívidas envolvidas.

Quando uma pessoa morre, seja inesperadamente ou não, as suas obrigações financierias não são automaticamente anuladas. Tudo que ela possuía, incluindo patrimônio e débitos, é agrupado em uma massa patrimonial conhecida como espólio. Esse espólio será alvo de um processo legal chamado inventário, onde os bens são listados, avaliados e, eventualmente, distribuídos entre os herdeiros.

Quem é responsável pelas dívidas após o falecimento?

O código legal brasileiro, especificamente o Código de Processo Civil, esclarece que é o espólio que deve responder pelas dívidas deixadas pelo falecido. Isso significa que antes de qualquer divisão de herança, é necessário primeiro quitar qualquer débito pendente. A complicação surge quando o valor dessas dívidas supera o total dos bens deixados.

Nesse caso, os herdeiros não serão responsabilizados pessoalmente pelas dívidas que excedam o valor da herança, evitando que dívidas do falecido se transformem em uma carga financeira direta para eles. No entanto, isso também significa que eles podem não receber nenhum bem da herança se as dívidas forem equivalentes ou superiores ao total dos bens.

Existem dívidas que não comprometem a herança?

Nem todas as obrigações financeiras deixadas comprometem a herança. Algumas dívidas, como financiamentos com seguro prestamista, são automaticamente quitadas quando o titular falece, dada a existência deste seguro que cobre o saldo devedor em caso de morte. O exemplo más comum é o financiamento imobiliário, onde o seguro prestamista é comumente incluído nas parcelas mensais.

Como se proteger das dívidas não assumidas diretamente?

  1. Confira se há seguros prestamistas associados a quaisquer empréstimos ou financiamentos.
  2. Entenda a extensão das dívidas deixadas e seu impacto no espólio.
  3. Considere a contratação de um advogado especializado em direito sucessório para guiar o processo de inventário.

Debater sobre herança é sempre um tema sensível, envolvendo não apenas leis, mas emoções e memórias. É vital permanecer informado e buscar suporte legal adequado para navegar por essas águas muitas vezes turbulentas, assegurando que os direitos de todos os envolidos sejam respeitados e que o processo ocorra da forma mais tranquila possível.

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