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Mais da metade das mulheres foram demitidas ou conhecem alguém que foi após a licença maternidade

Uma pesquisa recente realizada pelo portal Empregos.com.br, entrevistou 273 mães com idades entre 18 e 45 anos, que revela uma situação alarmante no Brasil: mais da metade das mulheres entrevistadas (56,4%) relatou já ter sido demitida ou conhecer outra mulher que foi desligada após retornar da licença-maternidade. Esse dado sublinha uma triste realidade, onde a maternidade é vista como barreira profissional.

Apesar das mulheres representarem mais de 54% da força de trabalho no país, segundo dados do IBGE, a conciliação entre carreira e maternidade permanece com obstáculos. A pesquisa revelou que apenas 5,5% das mães foram promovidas durante a gravidez ou após o retorno da licença-maternidade.

Discriminação com a maternidade

Antes mesmo da mulher ser contratada, a discriminação já ocupa as carreiras. Quatro em cada dez mães relatam ter enfrentado preconceito em entrevistas de emprego devido à sua condição de mãe. 

Ainda, 63,4% das entrevistadas afirmaram já ter precisado faltar ao trabalho para cuidar dos filhos, e 25% disseram ter levado os filhos ao local de trabalho por falta de opção.

Empresas avaliadas no estudo

As empresas também foram avaliadas no estudo, que ouviu 388 negócios de médio e pequeno porte. A maioria (77,3%) oferece a licença-maternidade de quatro meses, conforme previsto na CLT, enquanto 18,3% estendem esse período para seis meses e apenas 2% oferecem um tempo maior, adaptando-se às necessidades da mãe.

Flexibilidade de horário e formatos de trabalho (híbrido ou remoto) são oferecidos por 62,1% das empresas, mas o suporte adicional é escasso. Somente 16,2% das empresas fornecem acompanhamento médico e/ou psicológico para as colaboradoras no retorno ao trabalho. 

Em termos de infraestrutura, apenas 7% das empresas dispõem de fraldário, sala de recreação ou outros ambientes dedicados aos filhos das funcionárias, deixando 93% sem qualquer tipo de suporte nesse sentido.

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