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Bitcoin: Como funciona a criptomoeda, curiosidades e onde comprar

O Bitcoin é uma criptomoeda criada em 2008, que permite transações digitais diretas entre indivíduos sem a necessidade de intermediários, como bancos. Ele utiliza a tecnologia blockchain para registrar e validar as transações, permitindo uma maior segurança e transparência. Ao longo dos anos, foi ganhando popularidade e passando e ficar cada vez mais valorizado.

As transações de bitcoins são realizadas através de endereços públicos e privados, e são validadas por uma rede de computadores que utilizam algoritmos criptográficos para garantir a integridade e autenticidade das transações. Essa criptomoeda tem sido utilizado para diversas finalidades, como investimento, pagamento de bens e serviços, remessa de dinheiro internacional e proteção contra a inflação.

A rede Bitcoin é responsável por criar novos bitcoins através do processo de mineração, onde os participantes da rede competem para resolver desafios criptográficos e ganhar novos bitcoins. A quantidade de bitcoins geradas é limitada e programada para diminuir com o tempo, de modo que nunca ultrapasse 21 milhões de unidades BTC.

Como surgiu o Bitcoin?

O funcionamento do bitcoin foi descrito em um artigo publicado em 2008 por Satoshi Nakamoto, um pseudônimo usado por um programador ou grupo de programadores anônimos. A primeira versão do software foi lançada em 2009 e, até 2012, a moeda era predominantemente usada em mercados negros virtuais, como o Silk Road.

Desde 2013, o uso e a cotação do bitcoin em relação ao dólar aumentaram significativamente, com o valor máximo histórico alcançado em 10 de novembro de 2021, atingindo US$ 68.643,10 por bitcoin. No entanto, a cotação tem sido muito instável devido a ataques contra bolsas de câmbio virtuais e outros fatores. Por exemplo, o valor do bitcoin caiu 70% entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018.

Em 18 de agosto de 2008, o domínio “bitcoin.org” foi registrado e, em outubro, o estudo “Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System” foi publicado por Satoshi Nakamoto em uma lista de discussão sobre criptomoedas. Nakamoto implementou o software do bitcoin como código aberto e o lançou em 3 de janeiro de 2009. No mesmo mês, a rede foi criada quando Nakamoto minerou o primeiro bloco da blockchain, conhecido como “first block” ou “genesis block”.

Quem criou o Bitcoin?

Satoshi Nakamoto representava inicialmente uma pessoa ou grupo anônimo que criou o protocolo original do Bitcoin em 2008. Embora não haja nenhuma outra referência a essa identidade, sua participação no protocolo original parece ter terminado em meados de 2010. Antes de “desaparecer”, Nakamoto era ativo no fórum BitcoinTalk, postando informações técnicas e fazendo modificações na rede Bitcoin.

Ele foi responsável por criar a maior parte do protocolo, aceitando raras contribuições de terceiros. Em abril de 2011, Satoshi informou a um colaborador do Bitcoin que teria “partido para novas coisas”. Vários jornais, como o The New Yorker, Fast Company e Newsweek, investigaram a verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto.

A Fast Company insinuou que uma patente de criptografia requisitada por Neal King, Vladimir Oksman e Charles Bry em 15 de agosto de 2008 poderia estar relacionada ao registro do domínio bitcoin.org feito 72 horas depois, já que o pedido de patente contém tecnologia similar à do Bitcoin. Ao menos uma frase idêntica foi encontrada tanto no pedido de patente quanto no documento descrevendo o Bitcoin. Os três homens envolvidos na petição de patente negaram explicitamente a especulação.

Muitas teorias foram levantadas sobre a identidade de Satoshi Nakamoto. Em 2014, um estudo de linguística forense liderado pelo Dr. Jack Greve da Universidade de Aston analisou o estilo de escrita de 13 pessoas envolvidas na idealização dos conceitos do Bitcoin e encontrou semelhanças com o criptógrafo Nick Szabo.

Em maio de 2016, o empreendedor australiano Craig Wright afirmou ser o criador do Bitcoin, fornecendo evidências técnicas, usando as assinaturas digitais e chaves criptográficas do início do desenvolvimento da criptomoeda. No entanto, as análises técnicas das provas de Craig Wright mostraram uma colisão de hash entre uma assinatura anterior de Satoshi com a demonstração de Craig, algo pouco provável devido ao tamanho do documento usado como prova e ao algoritmo sha256, que tem baixa probabilidade de colisão.

Desde então, inúmeras teorias foram levantadas sobre a identidade de Satoshi Nakamoto, com o crescimento do Bitcoin tornando seu autor potencialmente uma das pessoas mais ricas do mundo e incentivando ainda mais a caça por sua identidade. Alguns estudos sugerem que Satoshi vive em Londres, dada a versão do título do Jornal que ele usou no bloco gênesis.

Existe regulamentação sobre o Bitcoin?

A primeira legislação de regulação de criptomoedas como forma de pagamento e atividade de casas de câmbio foi criada pelo Japão, em abril de 2017. Essa legislação foi criada com o objetivo de aumentar a proteção de consumidores e empresas que usam criptomoedas e evitar crimes como lavagem de dinheiro e outras atividades ilícitas. Enquanto a Índia ainda está incerta sobre a adoção de criptomoedas devido a preocupações do Reserve Bank of India, a Venezuela e o Vietnã estão receptivos à adoção, e a Austrália possui um sistema de regulação.

Em março de 2013, o Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN), um órgão do governo dos Estados Unidos, emitiu um relatório sobre moedas virtuais centralizadas e distribuídas e seu status legal. O relatório classificou moedas digitais e outras formas de pagamento, incluindo o Bitcoin, como “moedas virtuais”, pois elas não estão sob a autoridade de nenhum governo específico. O FinCEN eximiu os usuários americanos de Bitcoin de quaisquer obrigações legais referentes à moeda, mas determinou que quaisquer partes que emitam moedas virtuais, incluindo os “mineradores” de Bitcoins, devem obedecer à legislação específica caso vendam sua moeda virtual em troca da moeda nacional.

Em setembro de 2017, no Brasil, ocorreu uma audiência pública da Comissão Especial sobre Moedas Virtuais da Câmara dos Deputados para debater crimes no mercado de moedas virtuais. Também foi debatido o Projeto de Lei 2.303/2015, que pretende enquadrar as moedas digitais na lei de Arranjos de Pagamentos sob supervisão do Banco Central, semelhante aos cartões de crédito.

Em 2018, a Alemanha legalizou as criptomoedas, incluindo o Bitcoin, como um meio de pagamento isento de impostos, enquanto Portugal não possui um quadro legislativo concreto para criptomoedas, mas os ganhos monetários conseguidos através do Bitcoin estão isentos de impostos.

Em fevereiro de 2021, o Banco Central da Nigéria proibiu todas as instituições financeiras regulamentadas do país de fornecer serviços para empresas e investidores de criptomoedas no país. Essa proibição elevou o preço do ativo, que foi negociado 70% acima do valor de mercado dos Estados Unidos.

Em 2021, o governo de El Salvador aprovou uma lei dando status de curso forçado ao Bitcoin, tornando-o moeda oficial do país junto ao dólar norte-americano. E em abril de 2022, a República Centro-Africana adotou o Bitcoin como moeda

O que é Blockchain?

Blockchain é uma tecnologia de banco de dados distribuído que funciona como um livro-razão de contabilidade pública, onde são registradas as transações Bitcoin. Ela permite que esses dados sejam transmitidos de forma descentralizada e transparente entre todos os participantes da rede, eliminando a necessidade de confiança em terceiros ou entidades centrais para garantir a integridade dos dados contábeis.

Cada transação é validada pelos mineradores, que verificam todas as transações antes de adicioná-las ao próximo bloco da cadeia de blocos, a cada 10 minutos. Para validar as transações, cada nó da rede procura por transações ainda não presentes na cadeia de blocos em um bloco candidato que possua um identificador hash criptográfico de um bloco válido anterior.

Ele tenta produzir um hash criptográfico em outro bloco com características únicas, o que requer um enorme poder de processamento computacional e quantidade previsível de repetidas tentativas e erros. Quando um nó encontra a solução criptográfica, ele informa o resultado para os outros nós da rede, validando a transação e recebendo 25 novas moedas como forma de pagamento pelo empréstimo do poder computacional.

A blockchain registra a história de todas as transações e propriedade criptográfica de todas as bitcoins, desde o endereço criador até o último endereço atual. As informações registradas na blockchain são imutáveis e seguras, e Árvores de Merkle são usadas para reduzir o espaço de armazenagem e aumentar a segurança. A rede irá rejeitar qualquer tentativa de reutilizar moedas já gastas, conhecida como “gasto duplo”.

Como funcionam as transações de Bitoins?

As transferências de bitcoins na rede bitcoin são feitas através de transações entre o endereço do remetente e do destinatário. Em geral, esses endereços pertencem a diferentes pessoas, mas é possível que um usuário crie um endereço de destinatário para si mesmo, fazendo uma auto-transferência de bitcoins.

O processo básico envolve três etapas: obtenção do endereço do destinatário, criação da transação e transmissão da transação. Inicialmente, o usuário que fará o pagamento precisa obter o endereço do destinatário. O usuário que receberá o pagamento pode fornecê-lo em formato de texto ou, de forma mais fácil, por meio de um código QR que será escaneado pelo dispositivo do usuário pagador.

O programa de carteira do usuário pagador cria a transação com apenas dois dados a serem informados: a quantia de bitcoins a ser enviada e o endereço de destino da transação.

Para transmitir a transação para a rede bitcoin, o usuário só precisa se conectar à internet. É importante observar que não é possível cancelar ou reverter uma transação após a sua transmissão na rede. O destinatário não precisa estar online no momento da transação e não precisa confirmá-la para receber os bitcoins associados ao seu próprio endereço.

Onde é possível comprar a criptomoeda?

Existem diversas exchanges (corretoras) de criptomoedas que permitem a compra e venda de Bitcoin e outras criptomoedas. Algumas das exchanges mais populares incluem:

  • Binance;
  • Coinbase;
  • Kraken;
  • Bitfinex;
  • Bittrex;
  • Huobi;
  • Bitstamp;
  • Mercado Bitcoin.

Antes de comprar Bitcoin, é importante pesquisar e comparar as taxas cobradas pelas diferentes exchanges, bem como as opções de pagamento disponíveis e as medidas de segurança adotadas pela plataforma. Também é importante criar uma carteira de Bitcoin segura para armazenar suas criptomoedas após a compra.

Como funciona a mineração de Bitcoins?

A Rede Bitcoin gera aproximadamente seis lotes de bitcoins por hora, distribuídos aleatoriamente entre participantes que utilizam programas de mineração de criptomoedas. O processo de gerar bitcoins é conhecido como “minerar”, em alusão à “mineração do ouro”.

A probabilidade de um minerador ganhar um lote depende da sua capacidade de processamento computacional em relação aos outros. Cada lote não ultrapassa 50 BTC, e esse valor é programado para diminuir com o tempo, a fim de que o total de bitcoins criados nunca exceda 21 milhões.

Os mineradores competem para ser o primeiro a encontrar uma solução criptográfica para o desafio do bloco candidato na blockchain. Quando um nó encontra a solução, anuncia aos outros e recebe uma recompensa em bitcoins. Depois que um bloco é resolvido, os nós o validam e o adicionam ao blockchain. Os nós usam suas CPUs e também podem utilizar GPUs ou se juntar a grupos de mineração para minerar coletivamente.

A dificuldade do criptodesafio é ajustada a cada duas semanas para manter a geração de um novo bloco a cada 10 minutos em média. Atualmente, a mineração de bitcoins é altamente competitiva, com hardware especializado disponível no mercado, como circuitos integrados de aplicação específica (ASIC).

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