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2 milhões de pessoas devem buscar novas casas após avanço do mar no Brasil

Um estudo da Climate Central, baseado em informações do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), revelou que das 100 cidades de 39 países em alto risco devido ao avanço do nível do mar, sete são brasileiras: Rio de Janeiro, Fortaleza, Salvador, Recife, Porto Alegre, São Luís do Maranhão e Santos. Cerca de 2 milhões de pessoas nessas cidades serão afetadas.

O nível do mar continua a subir devido ao aquecimento global, que está expandindo as águas do oceano e provocando o derretimento das calotas polares. 

Nos últimos 30 anos, o nível do mar subiu 9 cm e pode alcançar até 80 cm até 2100. Esse aumento ameaça invadir terras ocupadas por 10% da população global, mais de 800 milhões de pessoas.

Pesquisas científicas trazem alerta

Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) já mostrou que o nível do mar no estado de São Paulo subiu 20 cm nos últimos 73 anos e pode chegar a 36 cm até 2050, caso a emissão de carbono na atmosfera continue.

Especialistas afirmam que não é mais possível evitar o avanço do nível do mar. Mesmo que as emissões de carbono cessem, a atmosfera continuaria aquecida. 

A solução agora é a adaptação climática, que exige um plano de ação com medidas como cortes significativos nas emissões de carbono, grandes obras e a instalação de sistemas de monitoramento e alertas de eventos extremos.

Medidas começam a ser tomadas

Embora a construção de barreiras no mar e diques, ou o aumento da faixa de areia, não sejam suficientes devido à erosão e ressacas causadas pela elevação dos oceanos, o Brasil já começou a tomar medidas. Para se adequar às mudanças climáticas, o Rio de Janeiro firmou uma parceria com a NASA para monitorar o avanço do mar.

Cidades do nordeste brasileiro como Recife, Fortaleza e Salvador desenvolvem lago subterrâneo para conter alagamentos, retira moradores de áreas de risco e constrói parques para reter a água. Ainda, um plano de redução de emissões de carbono com monitoramento de alertas na defesa civil, está em curso.

No sul, Porto Alegre estabeleceu uma meta de zerar as emissões de carbono até 2050. Já no sudeste brasileiro, Santos instalou barreiras de grandes sacos de areia para impedir as ressacas.

No entanto, especialistas alertam que esses planos são insuficientes e exigem mais ambição e medidas, aliando vontade política e tecnologia para enfrentar a elevação dos níveis do mar.

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